11 dezembro 2008

Ortodoxia e Heterodoxia

Jan Huss é tido por muitos como umas das encarnações de Allan Kardec, sendo que foi um grande contestador da Igreja Católica
Temos recebido muitas congratulações por onde vamos e até mesmo aqui pela internet em função da nossa obra "Ramatis, Sábio ou Pseudo-Sábio?" e, mais recentemente, em relação a este espaço, que amplia e atualiza as informações sobre o mesmo tema.

Por outro lado, temos também recebido críticas por termos, segundo alguns simpatizantes de Ramatis, uma postura "ortodoxa". No entanto, encaramos isso como uma grande elogio, embora não estejamos aqui para colhê-los ou mesmo para envaidecermo-nos de coisa alguma, simples trabalhadores que somos nessa grande seara de divulgação doutrinária.

Fomos colher a palavra de José Herculano Pires sobre a questão "ortodoxia" e "heterodoxia", e notem como foi feliz o metro que melhor mediu Kardec:

“Muitas Casas Espíritas começaram a deteriorar-se quando se entregaram à orientação de supostos mestres espirituais. Dali por diante, numa seqüência natural, encheram-se de doutrinas próprias, chegando algumas a retirar dos seus cursos as obras de Kardec, fundando escolas meio igrejeiras e meio esotéricas, instituindo-se uma ginástica de passes classificados e manobrados em estilo das antigas escolas magnéticas, criando ordens especiais no tipo de congregações marianas, chegando ao cúmulo de declarar em artigos de jornais que a sua linha doutrinária não era ortodoxa, mas heterodoxa. Isso quer dizer que não seguiam a doutrina certa de Kardec, mas uma mistura de doutrinas espiritualistas.” (Curso Dinâmico de Espiritismo – Herculano Pires – Edições Herculano Pires – 1a edição – pg. 139)

“Pode alguém transigir com o erro sem dele participar? Fomos acusado de ortodoxo. Mas ortodoxia quer dizer “doutrina certa” e a heterodoxia, largamente pregada em nosso meio em nome de uma falsa tolerância, quer dizer “mistura de doutrinas, confusão de princípios, colcha de retalhos”. Não nos julgamos puros nem santos e muito menos sábios. Todos nós, que nos reunimos para repelir a adulteração, só tivemos em vista a pureza, a santidade e a sabedoria da doutrina que professamos. Somos apenas fiéis, conscientes de nossas responsabilidades doutrinárias e contrários a todas as formas de aviltamento do Espiritismo.” (Na Hora do Testemunho – Herculano Pires – Paidéia – 1a edição – pg. 20)